Aquela maldita boca

Advocacia é para pessoas selvagens e determinadas a ganhar a qualquer custo. Esse é o meu lema. Zola não sabia o que esperava quando lhe disse para me encontrar naquele dia, mas definitivamente não era isso. Nós somos rivais desde quando estudamos Direito na mesma sala. Nesse dia eu estava determinado a ganhar não apenas mais um caso ou meu nome não é Jason Shellback. 

Foi a primeira vez que meu motorista não foi buscá-la, em vez disso, nós concordamos em se encontrar no meio do caminho. Então, Zola sabia muito bem que esta noite seria diferente. Minha proposta era de chegar a um acordo sobre um caso.

Nos últimos seis meses viemos tendo embates diretos, no tribunal ela era uma fera, devorava qualquer um em seu caminho e sempre conseguia ser a pedra em seu sapato. E não será diferente. Ela é a minha presa. Existia uma tensão entre nós que desafiava as linhas do ético e impuro. 

Nada a preparou o suficiente para o que estava olhando agora. Estava caminhando discretamente entre a multidão enquanto se dirigia até ela, eu vestia calça jeans, camiseta branca e uma jaqueta, uma aparência totalmente casual diferente dos ternos refinados do tribunal. E foi certeiro. Sentia seus olhos percorrendo meu corpo. Vi ela umedecer levemente a boca.

Aquela maldita boca. Seus lábios carnudos, rosados e beijáveis. 

Para apimentar ainda mais a atmosfera, comecei a esticar a língua como que tentando lamber o canto dos lábios, ela abaixou levemente a cabeça e pude perceber seu sorriso maroto. 

Quando finalmente a alcancei, fiz questão de invadir o seu espaço pessoal. Percebi que suas pupilas estavam dilatadas.

– Temos um problema. – Era tudo o que podia dizer.

Imediatamente Zola sussurrou: 

– O que há de errado, Jason? 

Inclino ainda mais e meu hálito quente sussurrava ao ouvido dela.

– Eu tenho que ter você agora.

Senti a Zola paralisar. Ela até deu um passo para trás, provavelmente pensando que estava brincando e solta uma risada trêmula. Olho para ela e Zola viu o desejo ardente em meus olhos, ao qual ela murmura uma baixa maldição baixinho.

– Você não pode me encontrar assim e não esperar que eu enlouqueça, Jason. Tire-me daqui. – Ela tentou falar em tom severo. 

Ela definitivamente não sabia como suas palavras acenderam um desejo totalmente delicioso em mim.

– Oh, minha gata mal-humorada. – Eu disse com um sorriso quase orgulhoso nos lábios. Peguei a mão dela. – Venha.

Em cerca de dez minutos, já estávamos em um elevador a caminho de uma suíte que consegui no hotel mais luxuoso da cidade. Era hora de explorar essa tensão entre nós.

Ela se afastou de mim no elevador, com os punhos cerrados e tentando se concentrar.

– Zola, aproxime-se. – Peço gentilmente.

– Mais perto e eu vou pular em você, Jason. E não vou parar. – Diz ela com os dentes cerrados.

Era tão bom ver Zola irada e excitada. Vai pagar por todas as vezes que tentou me desfocar das audiências. 

Zola não estava olhando para mim, ela estava apenas olhando diretamente para as portas do elevador. Então ela não percebeu a minha aproximação, ao sentir minha presença, se esquivou a ponto de se chocar com a parede metálica. Sua respiração estava ofegante. Devagar coloquei as mãos uma de cada lado de sua cabeça e fui aproximando nossas frontes até se tocarem, podia sentir seus batimentos, depois movi meu quadril e vi seus olhos arregalarem ao perceber a minha ereção.

– Hoje você vai ser minha. Vou te devorar e saborear cada pedaço seu. 

Seus lábios entreabertos foi o convite que faltava. 

Ali mesmo dentro daquele elevador começou a explosão de desejo. Nossos lábios se devoravam, suas mãos agarravam meus cabelos e as minhas estavam percorrendo toda lateral de seu corpo até chegar nas nádegas. Em um movimento ágil a ergui e suas coxas abraçaram minha cintura. Nessa nova posição eu conseguia estimular ainda mais os movimentos que tanto quero fazer. Só nos separamos quando o barulho da porta se abrindo nos alertou do nosso destino. 

Eu nunca vou admitir, mas minha mão estava quase trêmula em antecipação quando tocou o cartão-chave, o som da porta destrancando como música para meus ouvidos. Só conseguia imaginar onde eu queria aquela maldita boca.

Zola pegou meu braço e me levou direto para a cama. Era uma suíte grande, a deixei me guiar e achar que tem alguma coisa sob controle. Ela se sentou na cama e quando tentou me tocar, a impedi.

– Não se mexa. – Disse a ela com uma voz baixa e perigosa.

Zola obedeceu, piscando duas vezes enquanto se acomodava na cama. Eu fiquei bem na frente dela e abri as suas pernas para que pudesse me aproximar.

Ela estava olhando para mim e levantando lentamente as mãos para me despir.

– Você só vai me tocar quando eu disser. – Disse com firmeza e a vi estremecer.

De maneira lenta, passei as mãos pelo cabelo dela, da testa dela indo até a nuca.

– Você tem os olhos mais bonitos, Zola. – Minha voz soou quente em seus ouvidos. Estava cheio de tesão. – Mas seus lábios. – Me inclinei para plantar lentamente um beijo completo em seus lábios. – Seus lábios serão a minha morte. 

Zola quase se inclinou novamente para me beijar, mas me afastei, lentamente descartando minhas roupas, meus olhos treinados nos dela. 

– Quero você nua para mim. – Ordenei.

Ela seguiu o meu exemplo, desabotoando a camisa e chutando a calça e saltos até que os dois estivessem nus.

Bebendo à vista em minha frente, Zola era a coisa mais sensual de todos os tempos. Eu geralmente prefiro as luzes apagadas quando faço sexo, mas esta noite é diferente.

Percebi que ela não estava sentindo  nada além de uma fome intensa por mim, mas seus olhos me dizem que ela está disposta a me obedecer.

Com isso, dou um passo mais perto. Ela se deita na cama, eu a monto, fazendo com que sinta minha ereção. A faço gemer apenas com isso e foi o som mais erótico que já ouvi. Minha experiente mão vai até o centro de suas arreganhadas pernas. Ela estava encharcada por quem sabe quanto tempo agora. Ela está tão preparada para me receber. 

– Você está tão molhada. Use a sua umidade para tocar meu pau. – Deito na cama ao seu lado.

Zola silenciosamente desliza a palma da mão até sua vagina e molha os seus dedos com sua própria lubrificação, depois correu a mão para cima e para baixo em meu comprimento. Ela observava com atenção cada coisa que eu fazia. Estava me deliciando em tê-la à minha mercê. Era delicioso suas mãos me masturbando, podia sentir meu membro ainda mais rígido. Grudei seus cabelos e direcionei sua boca até a cabeça do meu pênis. 

– Chupa.

Ela sorriu fraco e logo me lambeu todo o comprimento. Eu gemia. Mais ainda que me consumia o fogo de comer essa mulher. A deixei ter seu momento de deliciar com toda minha grandeza. 

Em um movimento rápido a deito na cama e me posiciono entre suas pernas. Eu podia ver toda a umidade em seu órgão feminino. 

– Foda-se, Zola. Você está encharcada. – Foi quase um grunhido.

Minha vontade era de enfiar com tudo e macetar, mas vou provocar ainda mais. 

Em uma ação lenta e agonizante, eu a penetrei. Sua boca formando um O enquanto ela sentia todo o meu comprimento dentro dela. Ela era tão apertada. Me deixou ainda mais louco. Enfiei toda a extensão e ela soltou um grito quando sentiu, podia sentir seus músculos internos me estimulando. Retornei a movimentar o quadril, vai e vem em um ritmo que a estava deixando a beira do choro e implorando por mais velocidade e força. 

– Peça! Implore! – Ordenei.

– Me fode com força! – Ela gritava se segurando em meus braços. 

Atendi seu pedido e comecei a fazer investidas mais fortes e rápidas. O som de nossos sexos se chocando era como uma orquestra em sinfonia.

Podia sentir que estava chegando no clímax e ela quase veio.

– Zola, eu quero que você aproveite isso do jeito que quiser, mas eu não vou deixar você gozar agora. 

Zola se contorce enquanto se agarra aos lençois, olhos desfocados, sentindo meu comprimento sair. Segurei suas mãos para o alto de sua cabeça e ordenei para que não movesse. Devorei seus lábios, sua língua sempre afiada no tribunal, deixando a minha fazer o que quiser. Desci meus beijos até seus seios fartos e me enterrei naquele vale. Seus mamilos rosados e enrijecidos eram o meu banquete. Eu apertava e fazia movimentos circulares, ela gemia e gritava me pedindo para fazê-la gozar. Depois de me satisfazer com aqueles seios, desci minha trilha de beijos molhados até seu sexo. Seu clitóris estava praticamente gritando por atenção. Beijei toda parte interna de suas coxas, menos o lugar que ela mais queria.

– Jason, você é um tremendo filho da puta! – Zola gritou. 

– E você implorando por um filho da puta. – Rebati.

Ela tenta inverter nossas posições, mas a seguro firme. 

– Não, não, menina má! Vai pagar!

Ela leva um susto quando a deixo de quatro na cama e sem avisar eu a penetro novamente. Minha mão direita segurou sua cintura e a outra força a se inclinar, para que seu rosto encostasse no colchão. Nessa posição eu conseguia finalmente comê-la do jeito que mais desejava. Meu movimento constante entra e sai, forte e certeiro. Quando percebi que ela estava se aproximando do orgasmo, eu diminuía o ritmo, rebolava, tirava e colocava lentamente, agora eu já conhecia cada centímetro dessa mulher. 

Minha mão que estava na cintura deslizou para baixo dela, apertando os seus seios, minha boca encontrou um lugar em sua nuca, a mordi ali enquanto a fodia por trás. Nossos corpos suados em intenso prazer, ambos gemendo e gritando.

Novamente eu mudo nossas posições, a deixo de costas no colchão, sua fronte para mim, eu queria ver o seu rosto quando o orgasmo chegasse. 

– Eu quero que você grite o meu nome, entendeu? 

– Sim, Jason, só me come! – Ela implorava.

Segurei forte seu quadril e em um movimento certeiro a preenchi. Meu pênis sabia o caminho, era como se tivesse um imã em nós.

Retornei para meus movimentos alucinantes. Essa era a melhor foda da minha vida. Estava construindo o maior orgasmo que já senti. Sentia as paredes internas me apertando, ela estava muito perto, intensifiquei ainda mais minhas investidas, o movimento dos seios, seu lindo rosto contorcido em prazer, fez com que eu colocasse ainda mais força nos movimentos e ambos chegamos ao ápice no mesmo momento.

– Jason! – Ela gritou.

Nossos corpos tremiam de prazer, nossas respirações ofegantes, deixei meu corpo cair em cima dela. Eu podia sentir o corpo dela desfalecer embaixo de mim, foi gostoso pra caralho.

– Você é viciante, Jason. Mais perigoso do que deixa transparecer. – Zola sussurra em meu ouvido.

– E agora, podemos conversar sobre o acordo?

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